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ARTIGO - “DA SILVA”! Por Luís Cláudio Gerhardt Steglich – Advogado

Por Por Luís Cláudio Gerhardt Steglich – Advogado, 22/06/2021 13h15
 (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução

Existem fatos que nos assombram! Muitas vezes acredito que a história da
humanidade “dá voltas”. Dentre tantos acontecimentos e declarações diárias uma me surpreendeu! O Presidente Argentino Alberto Fernández afirmou, em tom jocoso, em sua visita à Espanha: “... que mexicanos vieram dos índios, brasileiros vieram da selva e argentinos, de barco da Europa.”.

Antes de qualquer julgamento, quero esclarecer que já visitei algumas vezes a
Argentina e tenho imenso carinho por aquele país! Apesar das graves crises sociais e econômicas que “los Hermanos” tem passado (inclusive por eleger presidentes como esse da declaração), considero um país lindo, rico e de uma cultura impressionante! Indico que é um dos lugares mais belos para se conhecer numa possível viagem! E, de pronto, afirmo que infelizmente não poderei responder pelos queridos irmãos mexicanos, mas acredito que tenham orgulho do sangue indígena.

De antemão cabe a nós entendermos que, inclusive, o sobrenome mais comum no Brasil é o “da Silva” ou “Silva”, que traduzido do latim significa “da Selva” ou “Selva”, respectivamente. Ou seja, podemos dizer que temos a altivez de reconhecer nossas origens a ponto de repassar EM NOME a nossos descendentes.

Mas, analisei a entrevista do Chefe de Estado Argentino, com calma e precisão.
Conclui algo muito interessante: COMO É BOM SER DA SELVA! Não existe lugar mais democrático e diversificado, com as mais diferentes e belas formas de vida do que uma selva. Todas abençoadas pelo Pai Celestial. Ser da selva é “Ser Brasileiro”, é ser democrático, é conviver com o diferente todos os dias.
Ser da selva, é ter opiniões contrárias de direita, de centro ou de esquerda, e poder expô-las!

Ser da selva é viver num país com miscigenação de raças, credos, cores e culturas. Ser da selva é ter descendentes de portugueses, espanhóis, eslavos, ingleses, alemães, italianos, negros, japoneses, indígenas e tantos outros, e sentar numa mesma mesa em família porquê nossos filhos e netos tem com orgulho a mistura desses sangues! Ser da selva é ter judeu casando com islâmico e todos celebrando! Ser da selva é professar nossa fé e saber que existe um Deus, e entender que existem pessoas que simplesmente não acreditam! Ser da selva é enfrentar as dificuldades, suporta-las e buscar sempre com esperança um futuro melhor! Ser da selva é viver num país economicamente diversificado em indústria, comércio, agropecuária, prestação de serviços e alta tecnologia! Ser da selva é reconstruir, mesmo no erro e no crime, nossas vidas! Ser da selva é ter oportunidade, é viver! A tudo isso o ex-Presidente Getúlio
Dornelles Vargas, que apesar da sua baixa estatura era um gigante, inteligentemente já definia numa palavra: “Brasilianidade”!

A declaração, por mais desastrosa que tenha sido, pode ser interpretada como um elogio, porque temos o orgulho de viver numa nação que, apesar de todos os problemas existentes (saúde, segurança, educação, poder público, falta de liberdade da iniciativa privada...) é rica em história, literatura, ciências, cultura, em belezas naturais, e que economicamente capaz de se recuperar em pouco tempo das crises que enfrenta. Somente para quem veio da diversidade da selva da vida, isso é possível!
Somos todos “da Silva”!

Por Luís Cláudio Gerhardt Steglich – Advogado 

Por Luís Cláudio Gerhardt Steglich – Advogado (Foto: Reprodução)

Por Luís Cláudio Gerhardt Steglich – Advogado (Foto: Reprodução)