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Operação Reciclagem - Quatro prefeitos de Rondônia são presos pela PF em operação

Por Por G1 RO - Postado por Rosa Bettero - SRTE/RO-1194, 25/09/2020 11h26

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Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.

Polícia Federal mira Prefeitura de Ji-Paraná em operação (Foto: Gedeon Miranda/Rede Amazônica)
Polícia Federal mira Prefeitura de Ji-Paraná em operação - Foto: Gedeon Miranda/Rede Amazônica

Quatro prefeitos de Rondônia são presos pela PF em operação
Operação Reciclagem apurou crimes contra a Administração Pública. Prefeitos de Ji-Paraná, Cacoal, São Francisco e Rolim de Moura foram presos, diz PF.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO) deflagraram, nesta sexta-feira (25), a Operação Reciclagem para apurar crimes contra a Administração Pública. Quatro prefeitos e um ex-deputado estadual são alvos de mandados de prisão preventiva.

Os quatro prefeitos presos são:

Gislaine Clemente (a Lebrinha, filha do deputado estadual Lebrão) - prefeita de São Francisco do Guaporé;
Luiz Ademir Schock (o Luizão do Trento) - prefeito de Rolim de Moura;
Marcito Aparecido Pinto - prefeito de Ji-Paraná (2ª maior cidade de Rondônia);
Glaucione Maria Rodrigues Neri - prefeita de Cacoal (5ª cidade mais populosa do estado);
O prefeito Marcito, de Ji-Paraná, foi preso na sede da administração municipal, o palácio Urupá. Ele foi levado à viatura sem algema.

O marido de Glaucione, Daniel Neri, também foi preso pela PF em Cacoal. Um mandado foi cumprido na casa da prefeita de Cacoal, além da prefeitura.

Casa da prefeita de Cacoal,Glaucione Maria Rodrigues Neri, durante operação da PF (Foto: Fábio Diniz/Rede Amaz�\�nica)
Casa da prefeita de Cacoal,Glaucione Maria Rodrigues Neri, durante operação da PF (Foto: Fábio Diniz/Rede Amaz�\�nica)

Segundo a PF, a investigação começou em dezembro de 2019. A denúncia partiu de um empresário que prestava serviços às prefeituras. A prefeitura condicionou o pagamento de uma dívida com um prestador de serviço ao repasse de propina

A PF diz que imagens de câmeras provaram que os investigados recebiam milhares de reais sendo em dinheiro vivo.

Além dos mandados de prisão, foi determinado o afastamento das funções públicas dos envolvidos e o bloqueio de ativos que ultrapassam R$ 1,5 milhão, valor que, em tese, teria recebido de forma ilícita.

Dinheiro apreendido durante Operação Reciclagem em RO (Foto: PF/Divulgação)
Dinheiro apreendido durante Operação Reciclagem em RO (Foto: PF/Divulgação)

Também foram cumpridos 12 de mandados de busca e apreensão, com 22 equipes e envolvimento de mais de 70 policiais federais em Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e São Francisco do Guaporé, que estão entre as 10 maiores do estado.

O nome da operação faz referência ao ramo de atividades da empresa envolvida no caso e origem dos recursos ilícitos, sendo decretado sigilo nas investigações pelo Tribunal de Justiça que cuida do caso.

A PF deve dar mais detalhes sobre a investigação durante a tarde, em uma coletiva de imprensa. O G1 tenta contato com a defesa dos investigados.

Casa do prefeito de Rolim de Moura,Luiz Ademir Schock, durante operação da PF (Foto: Divulgação)
Casa do prefeito de Rolim de Moura,Luiz Ademir Schock, durante operação da PF (Foto: Divulgação)