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Lions Clube Ariquemes Canaã promove inclusão social mediante o tênis de mesa

Por MAIKON FABRÍCIO FERREIRA VIANA, 03/05/2019 11h33
 (Foto: Claudio Rodrigues de Araújo Junior)
Foto: Claudio Rodrigues de Araújo Junior

Situado na Avenida Canaã, n. 5128, esquina com a 12ª. rua do setor 2, no Parque das Gemas, em Ariquemes, Rondônia, o Lions Clube Ariquemes Canaã vem promovendo inclusão social, faz muito tempo, e, desta vez, mediante o tênis de mesa.
O projeto de inclusão social, encabeçado pelo senhor Adimar Ronconi, sócio do Lions Canaã, está sendo desenvolvido graças, em muito, à cessão de espaço físico, por parte do Lions. A partir disso, colocou-se em prática o Clube Mesatenista de Ariquemes. No espaço cedido – amplo e confortável, aliás –, são desenvolvidas atividades de treinos (fundamentos e técnicas), partidas e campeonatos de tênis de mesa.  
André Luiz Rossetto, presidente do Lions Clube Ariquemes Canaã, afirma: “Essa parceria surgiu... O Adimar nos procurou. Tinha esse projeto, tinha essa ideia de montar esse projeto do tênis de mesa, né; precisava de um espaço, e o Lions Canaã, prontamente, se identificou com o projeto social dele, de querer ajudar as crianças. Fizemos uma parceria: o Clube Mesatenista de Ariquemes. O Lions Canaã cedeu o espaço, deu alguma estrutura para eles, energia, para que eles treinassem lá no Clube. Essa ideia foi melhorando, cada vez mais, e a gente abraçou o Clube. Hoje, o Clube é até federado. E a gente ‘tá’ procurando parceiros, para que a gente possa desenvolver, cada vez melhor, esse projeto, junto com o Adimar”.
Por seu turno, senhor Adimar Ronconi, mentor e um dos grandes realizadores do projeto de inclusão social, lembra: “Eu tive essa ideia, [pelo fato] de eu ver muitas crianças se envolvendo com droga. Às vezes, nem estudando direito por causa, por conta de ficar no celular. Então, pensei: vou fazer uma pequena parte, que é contribuir através do tênis de mesa. E ‘tá’ trazendo essas crianças, né, pra se divertirem e, ao mesmo tempo, estar inteiradas com os treinamentos. Então, isso traz pras crianças certa responsabilidade, né, porque se você quer ser um bom atleta, você tem que ser assíduo, tem que treinar, tem que fazer os treinamentos corretamente, enfim. E isto ajuda demais o jovem, o adolescente. Todos nós lá do clube podemos estar contribuindo com os jovens; eles serão os mesatenistas futuros de Ariquemes, né, e no caso os que já são mais evoluídos no tênis de mesa estão dando exemplo pra eles, e eles vão ‘tá’ olhando isso e vendo... Poxa, quero ser igual o Maikon, quero jogar igual o Roberto, igual o Ricardo, igual o Jorge. Enfim, serão o espelho pra eles, os mais jovens, as crianças. Isso é muito bom pro crescimento deles. E isso vai contribuir futuramente para tirar essa criançada da rua. Eles poderiam, talvez, estar envolvido com drogas, e ali [no Clube], a gente vai estar passando boas índoles pra eles, bom ensinamento. Não será somente o tênis de mesa, mas a gente vai procurar estar educando eles, né, a ter disciplina, principalmente”.
Adiante, observa: “Pelo fato de o Lions Clube Canaã ter um ótimo espaço, e também, o Lions trabalha nesse sentido, de estar contribuindo com a sociedade, então, eu achei interessante eu me ingressar no Lions. Na verdade, ingressar no Lions foi um convite do André Rossetto, né. [Foi] Através desse trabalho do tênis de mesa, que comecei a ir [ao Clube]. Então, ele me convidou para ser membro do Lions. [...] Hoje [...] o tênis de mesa não é do Clube Mesatenista; ele é do Lions Clube Canaã. Então, ajuntou aí a minha intenção, o meu projeto, né, já incluindo o projeto do Lions. E o importante não é esse ou aquele aparecer, o importante é a gente estar ajudando as crianças que, futuramente, poderiam estar desajustadas pela vida. E através do esporte, que traz disciplina, a gente pode estar ajudando esses jovens”.

Por fim, comentou: “Lá, no Clube, o primeiro que eu convidei foi o Ricardo [Matsubara]. Eu sabia que ele jogava tênis de mesa muito bem. Aí, já convidei ele. O Ricardo já convidou o Marcelo [Zayat], o Jorge [Zayat], Michely [Karoliny]. E através dele, foram vindo os outros, né, e, agora, veio a garotada, pra gente ‘tá’ envolvido com eles, cuidando. Então, conto com todos do Clube pra ‘tá’ ajudando, né, que eles serão o futuro. Nós temos que investir na juventude. São, ali, garotos de nove a treze anos. Já vieram vinte e cinco crianças. Conto com a ajuda de todos do Clube, pra estar passando as técnicas, ‘tá’ ajudando a guardar a disciplina. Preciso da ajuda de cada um do Clube” [Mesatenista de Ariquemes].  
Nos últimos dois meses, aproximadamente, a média de frequência tem aumentado, entre crianças e adolescentes (de até treze anos). Atualmente, varia entre quinze e vinte praticantes do tênis de mesa, no Clube, sem contar os federados e jogadores de outras faixas etárias (entre 18 e 50 anos de idade, por exemplo). 
Uma parceira atual é a JC Distribuidora, que, ano passado, conforme sr. Adimar, “ajudou financeiramente pra o início do projeto, com redinhas, bolinhas, raquetes e todas as divisórias” [do Clube Mesatenista de Ariquemes], e doou camisetas a muitos integrantes do Clube, para a prática do mencionado esporte. Além disso, convém destacar que esse mesmo clube está de portas abertas para receber mais crianças e adolescentes, para que estes ingressem na prática do tênis de mesa, além de pessoas adultas e idosas. As atividades do Clube Mesatenista ocorrem às segundas-feiras, das 19 às 22 horas, bem como às quartas-feiras, também, das 19 às 22 horas, e aos sábados, das 16 às 20 horas, para atletas associados e para federados. Os dias específicos para a prática do tênis de mesa, por crianças e adolescentes de até treze anos, são terças e sextas-feiras, das 19 às 21 horas. A participação deste público (de até treze anos) é gratuita, no Clube.

Autor da matéria [notícia]: Maikon Fabrício Ferreira Viana é um ensaísta, memorialista, contista, historiador e geógrafo amazônida, autor (dentre outras) de Batalhas do Estanho: memórias de um gigante, garimpo Bom Futuro: de Padre Ângelo a Grande..., obra vencedora dos Prêmios Literários Cidade de Manaus 2016 - 6ª. edição, de melhor livro inédito (Prêmio Nacional Áureo Nonato), e de A Questão do Acre: um intricado tabuleiro na era dos impérios: das encrencas à solução (sob pseudônimo Marquês da Amazônia) – finalista do Prêmio Rio de Literatura 2016 - 2ª. edição, na categoria Melhor Obra Publicada/Ensaio - nacional. Vice-presidente do Conselho de Cultura Municipal de Ariquemes, integrante do Fórum do Patrimônio Histórico e representante do Fórum da Literatura do mesmo município. Mentor dos Prêmios Literários Jovens Escritores de Rondônia e da Semana Nacional de Celebração e Conscientização em torno da relevância da Questão do Acre para o Brasil – projetos culturais e educacionais. Também, é especialista em gestão de bibliotecas públicas. Paralelamente, exerce a atividade de servidor público (efetivo).