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Empresário de Ariquemes é preso pela PF por usar loja de celular para lavar dinheiro no tráfico

Por Por Jeferson Carlos, G1 Ariquemes e Vale do Jamari, 26/02/2019 19h59

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Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.

Agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na loja de celular do suspeito em Ariquemes (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)
Agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na loja de celular do suspeito em Ariquemes - Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Empresário de RO é preso pela PF por usar loja de celular para lavar dinheiro no tráfico de drogas
Homem estava em viagem e foi preso pela PRF quando passava por Coxim (MS). Operação Sarepta cumpriu mandados em três estados e prendeu sete pessoas; Um está foragido.

Um empresário de Ariquemes (RO), apontado pela Polícia Federal (PF) como o líder de uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e lavagens de capitais, foi preso nesta terça-feira (26) durante a Operação Sarepta.

Segundo a PF, o homem havia deixado a cidade para uma viagem no último domingo (24), e foi preso com o auxílio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quando passava pela cidade de Coxim (MS).

Conforme as investigações, o empresário é dono de uma distribuidora de peças e assessórios para celulares e utilizava a empresa para emitir notas fiscais falsas e lavar o dinheiro obtido com o tráfico.

De acordo com o chefe do departamento de drogas da PF, Leonardo Marino, os entorpecentes saíam de Porto Velho e Ariquemes, sendo enviadas para a Bahia e São Paulo. O empresário fazia a remessa das drogas de forma oculta, colocando-as dentro de peças metálicas.

“As drogas eram colocadas dentro dessas peças, eram chumbadas com aço e remetidas por transportadoras contratadas que não tinham nenhuma ligação com o grupo de tráfico de drogas”, relatou.

Para lavar o dinheiro obtido de forma ilícita com a venda das drogas, os suspeitos usavam a loja de celulares ou efetuavam a compra de imóveis e veículos a serem negociados.

“A equipe de investigação conseguiu demonstrar que os suspeitos são proprietários tanto de fato quanto de direito de alguns caminhões. Alguns eram registrados em nomes de terceiros, mas que eram alugados para órgãos públicos ou particulares, como uma forma de dar aparência lícita ao dinheiro adquirido com o tráfico”, detalhou Marino.

Conforme a PF, o empresário também utilizava uma fazenda para fazer a lavagem do dinheiro ilícito, através da compra e venda de gado.

"As investigações comprovaram que ele está ha muito tempo se dedicando ao tráfico de drogas. O grupo tinha um esquema muito bem armado, que vinha de uma longa data, fazendo a remessa de droga para os outros estados”, revelou o chefe do departamento de drogas da PF.

Depois de ser preso em Coxim (MS), o empresário deverá ser reencaminhado para Rondônia, onde prestará depoimento para a PF.

Até a publicação da reportagem o G1 tentava localizar a defesa do suspeito.

Operação Sarepta

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça, a Operação Sarepta, para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas e lavagem de capitais. Ao todo, 27 mandados foram expedidos para serem cumpridos em Rondônia, São Paulo e Bahia.

As investigações da operação começaram em janeiro de 2018, quando a PF identificou a apreensão de duas cargas de entorpecentes em Itabuna (BA) e São Paulo. A carga totaliza 140kg de cocaína.

Segundo a PF, 10 equipes de policiais federais atuaram na região do Vale do Jamari, em Rondônia. Dos mandados expedidos, três são de de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão em Porto Velho, Ariquemes (RO), Alto Paraíso (RO), Monte Negro (RO), Rio Crespo (RO), São Paulo e três cidades da Bahia.

Conforme Leonardo Marino, sete mandados de prisão foram cumpridos e um dos suspeitos está foragido. Além das prisões e buscas, a Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho determinou o bloqueio de contas bancárias e bens dos investigados, assim como sequestro de imóveis, veículos e gados.

Os presos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro e serão encaminhados para as unidades prisionais, onde ficarão à disposição da Vara de Delitos de Tóxicos.

 

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