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Translado de corpo para RO atrasa 15 horas e familiares pedem justiça

Por G1.com/RO, 07/11/2015 06h41

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Luciano foi sepultado nesta sexta-feira, 6, no cemitério de Vilhena (Foto: Eliete Marques/ G1) (Foto: Reprodução)
Luciano foi sepultado nesta sexta-feira, 6, no cemitério de Vilhena (Foto: Eliete Marques/ G1) - Foto: Reprodução

Corpo era para ter sido entregue na quarta (4), mas chegou na quinta (5).
TAM alega que manutenção da aeronave impediu conexão do voo.

Uma família de Vilhena (RO) está indignada com o atraso de 15 horas no translado de um corpo por parte da companhia aérea TAM. Segundo familiares, o corpo de Luciano Gomes Neto, de 62 anos, foi embarcado na quarta-feira (4) em Goiânia (GO) para chegar à capital de Rondônia às 22h do mesmo dia. No entanto, o caixão só chegou às 13h de quinta-feira (5) e o enterro de Luciano só pôde ser feito nesta sexta-feira (6), pois o caixão precisou ser levado em um carro funerário de Porto Velho a Vilhena, uma distância de 700 quilômetros.
Procurada, a companhia aérea alega que a manutenção da aeronave impediu a conexão do voo de Brasília para Porto Velho, o que provocou o atraso no translado do corpo.
O aposentado José Cordeiro Filho, de 65 anos, conta que acompanhou o cunhado Luciano na viagem para Goiânia, no dia 13 de outubro. Luciano sofria de problemas cardíacos e precisava realizar uma cirurgia de ponte de safena. Depois do procedimento, José diz que o parente teve complicações renais e pulmonares e morreu na segunda-feira (2). "Ele morava em Vilhena há 40 anos e quisemos trazê-lo para ser enterrado aqui. A família está aqui", enfatiza.
José explica que ao providenciar o traslado, embarcou o corpo primeiro na companhia aérea. "Meu voo saiu depois de duas horas do corpo. O corpo chegaria às 22h em Porto Velho e eu chegaria à meia-noite. Quando cheguei, o funcionário disse que o corpo tinha sido retirado da aeronave em Brasília e daí não passou mais informações. A funerária estava lá esperando. Fiquei desesperado", ressalta.
O aposentado diz que foi acolhido na casa do motorista da funerária, na capital. "Fiquei lá esperando o corpo aparecer. A TAM não cumpriu com o horário da chegada do corpo. Achei uma falta de consideração com a gente. Uma falta de respeito. Queremos justiça, para que isso não aconteça com outras pessoas", finaliza. O corpo de Luciano foi enterrado nesta sexta-feira (6) no Cemitério Municipal Cristo Rei, em Vilhena.
Procurada pela G1, a TAM informou que uma manutenção na aeronave impediu a conexão do voo correto e isto impediu o translado. Em nota, a empresa diz estar sensibilizada com a situação da família.
Leia na íntegra a nota da TAM sobre o translado do corpo:
A TAM Cargo informa que devido à manutenção corretiva da aeronave que faria nesta quarta-feira (4) o voo JJ3338 (Goiânia-Brasília), transportando o esquife, a decolagem, prevista para as 18h16, ocorreu às 21h04, o que impediu a conexão do voo de Brasília para Porto Velho, que ocorreria às 21h17.
A empresa se sensibiliza com o ocorrido e esclarece que o esquife seguiu no voo JJ3526, que decolou às 11h05 de ontem, quinta-feira (5), e chegou a Porto Velho às 13h03, horário local.