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Deputados de Rondônia dizem sim ao progresso para as novas leis trabalhistas

Por Rondoniavip, 29/04/2017 12h39
 (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução

Apenas Expedito Netto votou contra a proposta que moderniza a Consolidação das Leis do Trabalho, que tem mais de 70 anos de criação e necessitava ser reformada urgentemente.

Felipe Corona*

O lema da bandeira do Brasil é Ordem e Progresso. Mas, nos últimos três anos, não estamos vendo nada disso: escândalos do Petrolão, impeachment, delações do Fim do Mundo, que colocam 200 políticos de vários partidos envolvidos na lama da corrupção com dinheiro de propinas pagos pela Odebrecht, 14 milhões de desempregados, recessão, inflação...

Com esses ingredientes e outros, o governo comandado por Michel Temer (PMDB) resolveu colocar em prática aquilo que já tinha sido anunciado por sua sucessora e companheira de chapa deposta, Dilma Rousseff: era necessário reformar as relações de trabalho e previdência no país.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) têm 74 anos. Foi lançada no ano de 1943, em um grande evento por Getúlio Vargas, em um dia 01 de maio, no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. À época, se revelava algo histórico e inovador, já que não existiam regras que protegiam os trabalhadores brasileiros da semiescravidão. Era comum os operários trabalharem 12 ou 14 horas por dia e receber remunerações baixíssimas à título de salário. Sem contar que não existia Fundo de Garantia, férias, licença maternidade, paternidade e outros benefícios.

Porém, passadas mais de sete décadas, com a economia brasileira capengando e milhões de brasileiros desempregados e vivendo de bicos, era necessário rever, trocar e melhorar algumas dessas engrenagens para que as máquinas das relações de empregos pudessem voltar a girar melhor e trazer novamente as pessoas para os postos formais. Com isso, quem ganha é o todo: maior arrecadação de impostos, mais obras, mais indústrias funcionando, maior qualidade de vida, enfim, tudo de volta como era alguns poucos anos atrás.

De acordo com analistas políticos, a aprovação era um importante teste para o Palácio do Planalto antes da votação da Reforma da Previdência, na semana que vem.

Rondônia não poderia ficar de fora dessa revolução nas relações trabalhistas do país, muitas delas já caducas. Dos oito deputados da bancada federal, sete votaram a favor da mudança: Marcos Rogério (DEM), Lúcio Mosquini (PMDB), Mariana Carvalho (PSDB), Nilton Capixaba (PTB), Marinha Raupp (PMDB), Lindomar Garçon (PRB) e Luiz Cláudio (PR).

Somente o deputado Expedito Neto (SD), que responde a processo por suposto desvio de verba de gabinete, votou contrário a proposta do governo do presidente Michel Temer.

Apesar da gritaria dos 17 mil sindicatos, dizendo que o trabalhador brasileiro seria massacrado, os principais pilares da CLT foram preservados: férias, 13º salário, FGTS, licenças maternidade e paternidade, pagamentos de horas extras, adicional noturno e aviso prévio. Mas (sempre tem o mas), o gordo imposto sindical obrigatório, aquele que você sendo filiado ou não, tinha que pagar um dia por ano do seu trabalho, foi extinto.

Aí, as entidades resolvem fazer uma “greve geral” supostamente apartidária. Mas, por trás temos CUT, PSOL, PC do B e até o PT! Aquele, que ficou 13 anos no poder e não fez nada para melhorar as condições trabalhistas. Que acusa o ex-vice presidente de “golpe”, mesmo o impeachment previsto na Constituição Federal e sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal. Veiculou uma propaganda em rede nacional fazendo “convocação” para a tal greve geral. Apartidária, só se for pra enganar os trouxas que também acham que o ex-presidente Lula é “a alma mais honesta deste país”, como ele mesmo já disse várias vezes.

Se você ainda tem dúvidas ou apenas é contra porquê mandam você ser contra, leia o projeto de Lei. Não passe vexame. E já que resolveu parar um pouco para ler este humilde artigo, trago alguns benefícios que chegam junto com a reforma trabalhista: Era proibido por lei dividir suas férias em três pedaços. Agora pode; Imposto sindical era obrigatório. Agora, só paga se quiser (acabou a mamata, grifo meu); Trabalhar em casa era irregular. Agora vai poder; Era proibido você pular o horário de almoço/descanso, mesmo se fosse PARA SAIR MAIS CEDO. Agora você pode; Era proibido por lei você trocar um feriado de quinta por descanso na sexta-feira. Agora, vai poder.

Espero ter trago um pouco de luz diante de tanto terror causado pelos sindicatos ligados à esquerda, que dizem lutar pelos trabalhadores, mas querem mesmo é manter a mamata dos dirigentes e partidos políticos aos quais eles são ligados.

Em vez de pensar somente nos nossos umbigos, vamos pensar mais no Brasil e nos brasileiros. Boa sorte a todos nós, que estamos no mesmo barco!

*Felipe Corona é jornalista profissional, formado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e pós-graduado pela Universidade de Rondônia (FARO). É repórter especial do Rondôniavip.

Fonte:Rondoniavip