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Buscas são encerradas na Colômbia; todos os corpos foram resgatados

Por Rondoniagora, 30/11/2016 08h14

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Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.

 (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução

Pouco mais de 15 horas após o trágico acidente envolvendo o avião que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia, onde iria enfrentar o Atlético Nacional, pela primeira partida da final da Copa Sul-Americana, a Aeronáutica Civil do país encerrou as buscas nos destroços, tendo resgatado 71 pessoas mortas e outras seis feridas.

Colômbia informa que 72 corpos já foram resgatados; Fotos

http://www.rondoniagora.com/nacional/colombia-informa-que-72-corpos-ja-foram-resgatados-fotos

O Diretor Geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco e Desastres, Carlos Iván Márquez Pérez, disse que o balanço foi fechado em 71 vítimas fatais “já que quatro pessoas não viajaram de última hora”, todas ligadas à Chapecoense. A lista de passageiros inicial tinha 81 nomes, mas na verdade foram 77 pessoas no voo.
Luciano Buligon, prefeito da cidade de Chapecó, Gelson Merisio, presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o jornalista Ivan Carlos Agnoletto, e Plinio Filho, filho do presidente do Conselho Deliberativo do clube não embarcaram, apesar de estarem confirmados na viagem.
Segundo as autoridades, as vítimas já foram para Medellín, onde o processo de reconhecimento dos falecidos deve demorar cerca de três dias. Além disso, em entrevista coletiva, o ministro dos Transportes da Colômbia, Jorge Eduardo Rojas, confirmou que as equipes de busca localizaram as duas caixas-pretas do avião.
"Sim, já foram encontradas as caixas-pretas. E elas não tem nenhum perda. Vamos saber tudo que se passou", disse aos jornalistas no local. Rojas pediu "respeito à investigação" e destacou que os equipamentos não apresentam danos graves. "Com a caixa-preta não vamos perder nada. Qualquer coisa que falarmos agora será especulação. Os técnicos e especialistas já estão fazendo análises. Deem um tempo à investigação", ressaltou.
Já o diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia, Alfredo Bocanegra, destacou que "os documentos, os passaportes, já estão nas mãos da polícia" e que agora eles ajudarão na identificação dos corpos. Ainda segundo a entidade, haviam 150 pessoas envolvidas na busca e resgate das vítimas que "trabalharam continuamente para facilitar a recuperação dos corpos".
"As partes da aeronave foram encontradas a 500 metros da área do sinistro, onde 70% dos corpos estavam se encontrou a fuselagem e nos 30% do terreno eram onde estavam os seis sobreviventes", divulgou em nota.
Sobreviventes
Dentre as seis pessoas que sobreviveram ao acidente, três são jogadores da Chapecoense. Um quarto jogador, o goleiro Danilo, chegou a ser resgatado com vida, entretanto, não sobreviveu. Mesmo após a confirmação do falecimento do arqueiro, a Cruz Vermelha divulgou que ele havia sobrevivido, porém a Aeronáutica Civil retirou o nome de Danilo da lista de sobreviventes e, por isso, a família do jogador tem sofrido com as múltiplas informações.
Um dos sobreviventes, o também goleiro Jackson Follmann, de 24 anos, foi levado ao hospital San Juan de Dios e lá teve uma de suas pernas amputadas. Outro jogador que sobreviveu foi Alan Ruschel, que está em estado grave, mas estável. Ele sofreu uma fratura em uma vértebra da coluna, precisou passar por cirurgia e ainda corre o risco de ficar paraplégico.
Além de Follmann e Ruschel, o zagueiro Neto também está vivo. Ele foi o último a ser resgatado com vida e, com traumatismo craniano e fraturas expostas, chegou em estado grave ao hospital, passando por algumas cirurgias. Os outros três que sobreviveram foram: o jornalista Rafael Henzel e a aeromoça Ximena Suárez e o técnico da aeronave Erwin Tumiri.
Causas do acidente
Com informações da imprensa local e agências internacionais de notícias, o avião, de prefixo CP2933, da empresa LAMIA Airlines, se acidentou pouco antes de chegar ao destino, no município de La Unión. As informações sobre os motivos da queda da aeronave ainda estão em fase inicial, mas as principais hipóteses é que tenha acabado o combustível ou tenha sofrido uma pane elétrica.
De acordo com o responsável pela Agência de Aviação Civil local (Aerocivil), Alfredo Bocanera, os investigadores começaram a analisar a chance do carburante ter acabado durante o voo. Oficialmente, porém, as autoridades colombianas continuam falando que o acidente teria sido provocado por uma falha elétrica e que o piloto teria esvaziado os tanques como medida de segurança.
A Aviação Civil boliviana informou ainda que a aeronave foi averiguada no aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, antes do embarque da Chapecoense, e não apresentou nenhum problema.
A Chapecoense pretendia viajar em um voo fretado diretamente para Medellín, mas a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não autorizou essa opção. Assim, a delegação acabou mudando de planos de última hora e embarcaram primeiro para São Paulo e, de lá, para Medellín.