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Follador quer Jaci mobilizada contra aumento do lago da usina

Por Ascom, 29/11/2016 13h45
 (Foto: Assessoria)
Foto: Assessoria

O deputado Adelino Follador (DEM) recebeu nesta segunda-feira (28) em seu Gabinete um grupo de moradores de Jaci Paraná, em busca informações sobre o andamento do projeto de ampliação do lago da barragem da Usina de Santo Antonio, cuja aprovação pode representar um desastre de grandes proporções para o meio ambiente e para a vida em toda a região.

O deputado, que é relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, disse ao grupo que a matéria está sobrestada (parada) na comissão aguardando a adoção de uma série de providências para ser analisada, e que de sua parte não acredita que o Poder Legislativo Estadual autorize a execução desta obra, vez que ela só trará prejuízos ao Estado e ao Brasil.

De opinião contrária a elevação do nível da barragem para ampliação do lago da usina, Adelino Follador orientou os visitantes que se mantenham vigilantes e mobilizados para enfrentar a situação. Segundo ele, se for aprovado nos termos que o Executivo apresentou, este projeto pode representar uma sentença de morte para vida ambiental de toda a região e um retrocesso na política preservacionista de Rondônia e do Brasil.

Follador disse que confia nos seus colegas deputados para evitar esse desastre, pois ao contrário, se isso não ocorrer, mas uma vez a comunidade de Jaci Paraná vai ter que ser remanejada, tendo em vista que mais de 70% da Nova Jaci vai ficar debaixo d’água, segundo as autoridades do meio ambiente que ele ouviu nas últimas audiências e em visita ao seu Gabinete.

O relator do projeto disse que ouviu desses especialistas que toda a região sofrerá um tipo de infiltração inversa, que parte do solo para a superfície, com aumento do volume da água do lençol freático, misturando os resíduos das fossas sépticas com a água potável, fato que torna impossível a sobrevivência em várias cidades da região, inclusive em bairros de Porto Velho.

Segundo Adelino Follador a previsão é que a Nova Jaci desapareça com o aumento da barragem, e mais uma vez as populações que até hoje não receberam regularmente suas indenizações pelas perdas que tiveram, nos termos pactuados com a Santo Antonio, vão ter que deixar suas casas e dar lugar ao lago da usina.

O deputado informou que a questão das indenizações é um dos entraves que prejudicam o processo, entre outros como a ação do Ministério Público Federal (MPF) contra a elevação em 80 centímetros da parede da barragem, pelos danos que causam ao meio ambiente, às cidades e até a operacionalidade da Usina de Jirau.

Além desses dois aspectos, segundo Adelino Follador, o aumento do nível da barragem leva o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) para o meio desta discussão, tendo em vista que a autarquia exige o levantamento da pista de rolamento da BR-364, em pelo menos três quilômetros no trecho que corta a cidade de Jaci-Paraná, sob o risco da rodovia também se sucumbir debaixo d’água.

O deputado disse também aos visitantes de Jaci-Paraná que seus colegas parlamentares têm idêntica preocupação, e que certamente manterão a rejeição ao projeto, já que ele não traz à luz informações precisas sobre os impactos diretos ao meio ambiente, e muito menos sobre questões econômicas.

Mas não é só isso. O projeto, segundo Adelino Follador, também não indica que tipo de compensação terá o Estado pela perda de milhares de hectares de florestas e reservas ambientais que desaparecerão debaixo d’água, nem faz alusão às novas áreas rurais que serão alagadas e a tantas outras áreas agricultáveis que perderão esse status pelo excesso de umidade do solo, que as tornarão estéreis e consequentemente improdutivas.

Fonte: Ascom.