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PM apreende celulares e 'chuchos' usados durante rebelião em presídio

Por Ana Claudia Ferreira Do G1 Ariquemes e Vale do Jamari, 23/08/2016 11h22

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Policiais utilizaram aparelho detector de metais para apreender objetos nas celas (Foto: Ana Cláudia Ferreira/G1) (Foto: G1.com-RO)
Policiais utilizaram aparelho detector de metais para apreender objetos nas celas (Foto: Ana Cláudia Ferreira/G1) - Foto: G1.com-RO

Motim durou quase 48h em Ariquemes e terminou após troca de direção.
Com a ordem restabelecida, celas foram revistadas com detector de metais.

A Polícia Militar (PM) apreendeu 17 celulares com carregadores e baterias, além de vários 'chuchos' e porções de droga na Casa de Detenção de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari de Rondônia, na última segunda-feira (22). Os objetos foram encontrados durante a revista realizada após o fim da rebelião no presídio, que iniciou no último sábado (20) e chegou a durar quase 48 horas.
A rebelião encerrou, por volta das 10h de segunda-feira, depois que as reivindicações dos cerca de 220 rebelados foram atendidas. Dentre elas, os detentos exigiam a exoneração do diretor do presídio, Heber Carvalho dos Santos, e o afastamento de dois agentes penitenciários, que foram substituídos.
Após se entregarem, os presos foram para a quadra de esportes da unidade e os policiais da Companhia de Operações Especiais (COE) de Porto velho e agentes da Secretaria Estadual de Justiça de Rondônia (Sejus) iniciaram a inspeção em todas as celas do presídio.
De acordo com a PM, as celas não foram danificadas durante o motim. Os agentes encontraram objetos com a ajuda de um aparelho detector de metais. No total, 17 celulares com carregadores e baterias, 'chuchos', porções de drogas e uma faixa de organização criminosa foram apreendidos.
Durante a rebelião, os detentos utilizaram celulares para se comunicar com familiares que estavam do lado de fora do presídio aguardando notícias sobre as negociações. Os presos chegaram a gravar um vídeo com imagens de tortura praticada contra um dos apenados feito refém durante o motim.
O gerente regional do sistema prisional de Rondônia, Adriano Furtunato, informou que desde a última segunda-feira (22), a Casa de Detenção de Ariquemes passou a ser administrada por um grupo de intervenção, que atuará na unidade pelos próximos 30 dias. Neste período, pontos de reivindicações dos presos apresentados durante a rebelião serão avaliados.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Militar (PM), a rebelião iniciou por volta das 12h do último sábado (20), depois que familiares de 97 detentos entraram no local para o horário de visitas. Os presos quebraram os cadeados das celas e permaneceram soltos no corredor. Nenhum dos visitantes foi mantido como refém. Dois apenados foram amarrados e mantidos reféns no local.
Conforme a PM, um negociador chegou a levar os documentos para cessar a rebelião no final da tarde de domingo (21), mas os presos recusaram e mais três detentos foram feitos reféns. Até o domingo, 11 visitantes deixaram a unidade prisional, o restante saiu na manhã desta segunda-feira.

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