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Amigos de aviação suspeitam que uma peça da asa tenha se soltado.
Voo era de teste, depois do piloto ter feito manutenção no ultraleve.
Um ultraleve caiu e o piloto, de 43 anos de idade, morreu carbonizado na manhã desta terça-feira (21), em Ji-Paraná, região central do estado. A suspeita é que uma das peças da asa esquerda tenha se soltado e o piloto, com 10 anos de experiêcia, tenha perdido o controle da aeronave, segundo testemunhas contaram à PM. O acidente aconteceu cerca de 1 km da pista particular de onde a vítima decolou. A família foi chamada ao local do acidente; a esposa e a mãe estavam em choque.
O acidente aconteceu por volta das 6h30. Amigos contaram à polícia que o piloto, que tinha cerca de 10 anos de experiência em voos desportivos, havia feito manutenção no ultraleve na noite de segunda, pois pretendia fazer um voo panorâmico durante o fim de semana em outra cidade. O voo desta manhã seria de teste para o que aconteceria no domingo.
O comandante da Polícia Militar, Oziel Paradela, explica que uma testemunha que passava próximo ao local no momento da queda, contou ter visto uma parte do avião se soltar e cair. "Nós ainda não temos certeza do que aconteceu, mas uma testemunha contou que passou e viu, depois do piloto ter decolado, uma parte da asa soltou. Depois disso, o avião descompensou e caiu", explica.
Depois da queda, o avião explodiu e o piloto acabou morrendo carbonizado. De acordo com um colega de aviação, Geraldo Coelho, a parte que se soltou do avião é o aileron da asa esquerda. "Se esta parte da asa se soltou, você não tem controle da direção. A peça está longe de onde o avião caiu, está inteira, sem queimar nada e tem partes que mostram que ela foi descolada, rasgado da asa. Sendo assim, 99% de chances de ser esta a causa do acidente", explica Coelho, que também é piloto.
Coelho ainda explica que o problema como o que, possivelmente, causou o acidente é muito difícil de ser diagnosticado, pois nem sempre está visível. "Domingo eu passei uns 10 minutos com ele. Ele já era acostumado a fazer este tipo de voo. Mas dano estrutural não depende do piloto. Ele mesmo dava a manutenção da aeronave, mas neste caso, o problema era invisível", explica.
A amiga do piloto, Helena Pereira da Silva, conta que quando recebeu a notícia da queda, levou um choque, pois a vítima e o seu esposo teriam passado dias dando manutenção na aeronave. Segundo Helena, ele teria chamado seu marido para fazer o voo, mas ele não pode ir.
"Ontem mesmo meu esposo disse para ele tirar primeiro o ultraleve, fazer o teste e só depois voar e ele falou que queria dar uma esticada [fazer um voo mais longo]. Era para meu esposo estar junto, talvez teria acontecido do mesmo jeito. Hoje o hangar vai ficar muito vazio sem ele", lamenta Helena.